O primeiro cenário foi uma pequena igreja com 25 pessoas no bairro de Vila Formosa. Houve um avivamento no coração daquele jovem pastor que contagiou aquele pequeno rebanho. A partir de 1969, num período curto de três anos, a pequena congregação contou com um grande crescimento numérico e uma mudança em sua atmosfera: havia graça, poder e muita alegria no ar, curas e milagres, vidas transformadas, lares restaurados e muitos jovens querendo servir ao Senhor.
Essa foi a origem da Comunidade da Graça, o avivamento no coração desse casal abriu o caminho para aquele audacioso projeto.
Por cerca de um ano, em 1978, este jovem pastor, todas as segundas-feiras, pregava para um grande público em uma casa de espetáculos no Centro de São Paulo. O palco das ministrações do pastor Carlos Alberto era o Teatro Brigadeiro, que depois foi sucedido pelo Nydia Licia e, por fim, as reuniões permaneceram por muitos anos no CPP (Centro do Professorado Paulista), onde o Senhor operou uma grande obra que avivou milhares de corações e impactou profundamente a Igreja no Brasil. Já era a Comunidade da Graça realizando a sua vocação: “um corpo de serviço a serviço do corpo de Cristo”.
Em 1979, Deus colocou no coração do pastor Carlos Alberto Bezerra o sonho de uma igreja-família: “Deus nos chamava para um novo tempo em nossas vidas. Suely, nossos filhos e eu, acompanhados de mais alguns companheiros de ministério, começamos a sonhar com uma igreja onde pessoas pudessem viver como numa verdadeira família; um corpo de serviço a serviço do corpo de Cristo”, afirmou o pastor.
Assim nasceu a igreja Comunidade da Graça, em 25 de fevereiro de 1979. Era domingo. Surgiram os primeiros acordes de uma expressão de louvor diferente no galpão de uma antiga fundição na Rua Eponina, Vila Carrão, bairro da Zona Leste de São Paulo. O cenário era constituído por bancos de madeira e chão de cimento rústico. A acústica era precária, como as instalações iniciais. No púlpito, havia um homem e uma mulher: Carlos Alberto e Suely Bezerra. Naquele dia, a glória de Deus acompanhou uma grande multidão que lá estava iniciando a Comunidade da Graça. Hoje, o prédio está totalmente reformado, decorado e adaptado para atender todo o rebanho e fornecer condições estruturais para os mais diversos ministérios.
No princípio, eram Antônio Brandoles, Antônio Luiz Meiback Brandoles, Lair de Matos, Carlos Alberto de Barros Antunes e Adhemar de Campos. Depois, Osmar Misael Dias, Jorge Luiz Mantoan, Wagner Fernandes, Cezar Rosaneli, José Tadeu Ferreira, Pasquale Rinaldi, Gilberto Dalmaso e também os próprios filhos, que vieram a se tornar pastores, como Carlos Bezerra Junior, Alessandra Bezerra Caldas e Ronaldo Bezerra.
Em 1997, dez anos após descobrir a obra da Cruz como fundamento da verdadeira igreja, o Senhor renovou poderosamente na Comunidade da Graça o princípio da comunhão em pequenos grupos como base para o verdadeiro pastoreamento e para a grande multiplicação do rebanho. Finalmente, em 1998, foi possível fazer como o Senhor ordenou a Habacuque: “Escreve a visão” (Hc. 2.2). O pastor Carlos Alberto e sua equipe pastoral sintetizaram, em uma frase, todo o sonho, que já tinha 20 anos na época, e a visão que os direcionará até a volta de Cristo: “uma igreja-família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos”.
O Senhor aperfeiçoou o ciclo de nossa maturidade: sabemos de onde viemos (nosso princípio), sabemos quem somos (nossa identidade, estrutura organizacional e eclesiástica, teologia e estilo de vida) e sabemos para onde vamos (nosso destino, visão e missão). Em Cristo, a Comunidade da Graça tem um princípio histórico espiritual (a cruz) e tem um fim, não temporal, mas um alvo, finalidade e razão de existir (nossa visão). Glórias ao Senhor, pois foi Ele quem fez a obra!
